A queda de Jair Bolsonaro, carimbada pela Justiça, foi o tombo que ninguém no grupo de ACM Neto queria ver — e muito menos comentar. O ex-prefeito, que até ontem tentava posar de político “independente” com um pé no bolsonarismo e outro na oposição, agora parece estar com os dois pés no abismo.
E como desgraça pouca é bobagem, o escândalo envolvendo o eterno aliado Elmar Nascimento resolveu estourar bem no meio da crise. Resultado: a candidatura de ACM parece novela mexicana — cheia de reviravoltas, lágrimas contidas e aquele suspense de “será que ele vai desistir?”.
O “bolsonarismo gourmet” que ACM tentou vender para o eleitor virou peso na mochila. A cada decisão judicial contra o ex-presidente, a imagem do ex-prefeito derrete um pouco mais. Nos bastidores, já tem gente apostando que ele vai largar a disputa antes de virar piada oficial das redes sociais.
Por enquanto, o silêncio reina. Nenhuma coletiva, nenhuma fala inspirada — só o clima de enterro de campanha. Se a renúncia sair mesmo, vai ser apenas o capítulo final de um roteiro que já parece escrito: de alternativa promissora a caso de estudo de como uma campanha pode implodir sozinha.
